Acordamos nesse domingo nublado com a notícia de mais uma tragédia. Dessa vez, um incêndio teria sido o responsável pela morte de centenas de jovens em uma boate em Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul. Segundo testemunhas, os seguranças do local teriam trancado a saída para que as pessoas não saíssem sem pagar. Meninos e meninas morreram amontoados na porta por causa da fumaça tóxica.
Vou repetir: os estudantes foram proibidos de sair porque não tinham pagado a comanda. Qual a diferença desse crime para aqueles a mão armada em que os bandidos matam a vítima para levar somente a carteira? Essa é a questão: não há diferença. A minha vida, a sua, a do seu irmão, a de qualquer um por aí, está valendo 50, 100, 200 reais. Ou seja, não vale nada! O que você faz com R$ 200 depois que estiver morto? Mesmo que o caixa tivesse recebido esse valor e essa pessoa escapasse com vida, é possível continuar com a consciência tranquila sabendo que por causa desse dinheiro tantos outros morreram asfixiados por conta da demora de tomar uma atitude?
Esse fato só confirma o quanto a sociedade é mesquinha. Bilhões de pessoas mundo a fora que só pensam no dinheiro. Se esquecem de que existem valores mais importantes e mais nobres para se cultivar nessa vida tão passageira. Parece que a mudança começou e podemos esperar mais tragédias nesse ano de 2013. Assassinatos em massa nos EUA, catástrofes naturais como no RJ, mortes coletivas em locais privados. Tudo isso só durante o mês de janeiro. A sociedade está enferma e, infelizmente, o ser humano só amadurece com o sofrimento.
Podem ter certeza de que há uma revolução no mundo interior das pessoas que sentem na pele a angústia de viver algo tão impactante. Acredito que essas calamidades servem para nos alertar de que precisamos nos aproximar mais de Deus; não necessariamente de uma religião específica, mas enxergar que há algo maior do que nós e que sempre irá nos amparar no bem. Tomara que todos os outros que estão tendo conhecimento dessa história parem e reflitam sobre suas condutas, sem precisar passar pela mesma situação para poderem ser alguém melhor.
"não necessariamente de uma religião específica, mas enxergar que há algo maior do que nós e que sempre irá nos amparar no bem." Coincidência ou não, e por outros motivos, estive, mais uma vez, pensando sobre isso. BB
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