E o carnaval está aí, para uns a festa mais esperada do ano, planejada meticulosamente para que nada de errado aconteça, pelo menos até chegarem ao destino. Para os foliões inveterados, nada pior do que não conseguir ir a um lugar badalado; mesmo que o dinheiro seja curto, tenha certeza de que as economias do ano irão para a aquisição de um abadá ou aluguel de uma casa e tudo o que é característico dos exageros da festa. Parece que no carnaval as pessoas perdem a razão, como se tudo valesse a pena para alcançar a felicidade e descontração que o momento (ou a sociedade?) "exige". As pessoas ficam loucas, já começam a sentir uma alegria demasiada por antecipação, imaginando o que poderão fazer para extravasar as frustações do dia a dia, fugir de suas próprias realidades em apenas quatro ou cinco dias de folia.
Na minha opinião, essas pessoas estão tentando fugir delas mesmas. Estão tentando esquecer quem elas são, ou porque não se aceitam ou para tentarem se encaixar em algum estereótipo da sociedade e, assim, acabam colocando uma máscara e assumindo outra personalidade, talvez aquela que fica escondida no inconsciente e o super ego não permite que ela aflore nos outros dias do ano. Mas no carnaval tudo pode. Qualquer deslize será perdoado só porque ocorreu no carnaval; se fosse durante o resto do ano, a pessoa poderia ser condenada a arder no mármore do inferno por muito tempo. Paradoxos da sociedade...
Entretanto, durante essa perda momentânea do bom senso, as pessoas se esquecem de lembrar que os riscos continuam os mesmos e estão presentes a todo momento. O exagero é a característica principal do carnaval, tudo é em excesso: bebidas alcoólicas, beijo, sexo, drogas, violência. E juízo de menos, quase nenhum. Balanço final do carnaval: várias mortes em acidentes de carro provocados por condutores bêbados ou drogados; milhares de pessoas infectadas pelo HIV ou outras DSTs porque não usaram camisinha; muitos abortos cometidos por gravidez indesejada e pais desconhecidos; mentiras e traições; diversos lares destruídos pela dor desses acontecimentos. E a pergunta que não quer calar: será que vale a pena colocar a nossa própria vida e até a de terceiros em risco extrapolando todos os limites em busca de uma falsa alegria e uma satisfação vazia? As pessoas que já tiveram por experiência esse balanço negativo, com certeza, dirão que não, que se arrependem do que fizeram e se pudessem voltar no tempo, teriam feito diferente. Mas o tempo não volta, e o mais impressionante é que antes do ato "inocente" ter virado tragédia, a opção de escolher o que poderia vir pela frente estava em suas mãos. Contudo, o ser humano ainda sempre acha que as desgraças só acontecem com os outros, nunca com eles mesmos, o que de certa forma os abnegam da própria responsabilidade pelos seus atos. Por isso fica tão fácil não pensar no lado ruim que aquela escolha pode gerar, pois "isso nunca vai acontecer comigo". Até o dia em que acontece e a pessoa passa a fazer parte do grupo dos "outros" e a ver as coisas sob um novo ângulo.
Eu, particularmente, nunca consegui sentir tanta empolgação no carnaval, para falar a verdade, eu ficava até meio deprimida (e, às vezes, culpada) por justamente não conseguir entrar nesse frenesi que parece enfeitiçar todo mundo nessa época do ano. Beber demais, fazer loucuras e não olhar para trás, que são a motivação de tamanha alegria da maioria das pessoas no carnaval, nunca me interessou. Talvez seja por isso que me sentia assim, não é porque é carnaval e todo mundo faz de tudo que eu tenho que mudar. Pelo menos tento ser coerente com os meus pensamentos e ações, não me deixando levar pela cabeça dos outros. Porém, sempre ficava uma questão no ar: será que os outros é que estavam certos e eu errada? será que eles é que sabiam aproveitar a vida e eu estava passando por ela sem nada fazer? será que aproveitar a vida realmente significa fazer tudo em excesso? É difícil ser diferente da maioria na sociedade à qual se está inserido, ir na contramão do enorme fluxo. E essas ideias acabam passando por nossa mente em alguns momentos da vida. Então, encontrei um texto reconfortante, entitulado Aproveitar a vida, que esclarece essas minhas dúvidas e a de muitas outras pessoas. A leitura desse texto não é opcional, é obrigatória, faz parte da postagem, evitando, assim, que eu fique repetindo o que já está tão bem escrito nele. O carnaval chegou e, com ele, o momento certo para pensarmos o que estamos fazendo das nossas vidas, se estamos realmente tirando o melhor proveito dela. Tudo pode ser tão simples e nem percebemos... Portanto, não se esqueçam de ler o texto Aproveitar a vida e obter suas próprias conclusões.
Na minha opinião, essas pessoas estão tentando fugir delas mesmas. Estão tentando esquecer quem elas são, ou porque não se aceitam ou para tentarem se encaixar em algum estereótipo da sociedade e, assim, acabam colocando uma máscara e assumindo outra personalidade, talvez aquela que fica escondida no inconsciente e o super ego não permite que ela aflore nos outros dias do ano. Mas no carnaval tudo pode. Qualquer deslize será perdoado só porque ocorreu no carnaval; se fosse durante o resto do ano, a pessoa poderia ser condenada a arder no mármore do inferno por muito tempo. Paradoxos da sociedade...
Entretanto, durante essa perda momentânea do bom senso, as pessoas se esquecem de lembrar que os riscos continuam os mesmos e estão presentes a todo momento. O exagero é a característica principal do carnaval, tudo é em excesso: bebidas alcoólicas, beijo, sexo, drogas, violência. E juízo de menos, quase nenhum. Balanço final do carnaval: várias mortes em acidentes de carro provocados por condutores bêbados ou drogados; milhares de pessoas infectadas pelo HIV ou outras DSTs porque não usaram camisinha; muitos abortos cometidos por gravidez indesejada e pais desconhecidos; mentiras e traições; diversos lares destruídos pela dor desses acontecimentos. E a pergunta que não quer calar: será que vale a pena colocar a nossa própria vida e até a de terceiros em risco extrapolando todos os limites em busca de uma falsa alegria e uma satisfação vazia? As pessoas que já tiveram por experiência esse balanço negativo, com certeza, dirão que não, que se arrependem do que fizeram e se pudessem voltar no tempo, teriam feito diferente. Mas o tempo não volta, e o mais impressionante é que antes do ato "inocente" ter virado tragédia, a opção de escolher o que poderia vir pela frente estava em suas mãos. Contudo, o ser humano ainda sempre acha que as desgraças só acontecem com os outros, nunca com eles mesmos, o que de certa forma os abnegam da própria responsabilidade pelos seus atos. Por isso fica tão fácil não pensar no lado ruim que aquela escolha pode gerar, pois "isso nunca vai acontecer comigo". Até o dia em que acontece e a pessoa passa a fazer parte do grupo dos "outros" e a ver as coisas sob um novo ângulo.
Eu, particularmente, nunca consegui sentir tanta empolgação no carnaval, para falar a verdade, eu ficava até meio deprimida (e, às vezes, culpada) por justamente não conseguir entrar nesse frenesi que parece enfeitiçar todo mundo nessa época do ano. Beber demais, fazer loucuras e não olhar para trás, que são a motivação de tamanha alegria da maioria das pessoas no carnaval, nunca me interessou. Talvez seja por isso que me sentia assim, não é porque é carnaval e todo mundo faz de tudo que eu tenho que mudar. Pelo menos tento ser coerente com os meus pensamentos e ações, não me deixando levar pela cabeça dos outros. Porém, sempre ficava uma questão no ar: será que os outros é que estavam certos e eu errada? será que eles é que sabiam aproveitar a vida e eu estava passando por ela sem nada fazer? será que aproveitar a vida realmente significa fazer tudo em excesso? É difícil ser diferente da maioria na sociedade à qual se está inserido, ir na contramão do enorme fluxo. E essas ideias acabam passando por nossa mente em alguns momentos da vida. Então, encontrei um texto reconfortante, entitulado Aproveitar a vida, que esclarece essas minhas dúvidas e a de muitas outras pessoas. A leitura desse texto não é opcional, é obrigatória, faz parte da postagem, evitando, assim, que eu fique repetindo o que já está tão bem escrito nele. O carnaval chegou e, com ele, o momento certo para pensarmos o que estamos fazendo das nossas vidas, se estamos realmente tirando o melhor proveito dela. Tudo pode ser tão simples e nem percebemos... Portanto, não se esqueçam de ler o texto Aproveitar a vida e obter suas próprias conclusões.
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